quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Atualizações: espondilite e fertilidade

Olá

Tenho andado afastada da internet. As dores na anca ainda não desapareceram. Os resultados das análises, da ressonância e a existência de dores demonstram que ainda tenho um grau elevado de inflamação. O reumatologista aumentou a dose da medicação: passei a tomar dois comprimidos de salozeperina de manhã e dois a noite. Dia 19 tenho consulta para ver os novos resultados das análises e ver como estou fisicamente. Acho que terei de abandonar os sapatos de salto alto pois mesmo que ande pouco tempo com eles noto que fico cansada e com algumas dores. Relativamente ao tratamento de fertilidade continua tudo em stand by. Fui a consulta com o especialista na semana passada e só em setembro é que avançaremos com a consulta para definir as características a serem encontradas numa dadora.  Segundo o medico, depois dessa consulta, o tempo médio de espera é de 1 mês tendo do meu lado o facto do tipo de sangue ser comum sendo mais fácil  a procura. Podíamos já estar neste processo de procura mas foi opção nossa deixar tudo para depois do verão para que assim seja possível recuperar física e emocionalmente destes últimos meses. Não vou dizer que não estou ansiosa porque estou mas ao mesmo tempo sinto uma certa leveza por saber que estamos à espera. O único senão é o que sinto fisicamente que é provocado pelo facto de estar com com sintomas da menopausa. Calores, suação, dores de cabeça e uma certa má disposição. A ver se isto melhora.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Espondilite e resultados da ressonância

O médico já me mandou por mail os resultados da ressonância. Esta confirma que existe atividade inflamatória nas sacro-iliacas mas não na anca o que é um bom sinal, segundo ele. As minhas dores melhoraram apesar de voltarem sempre que estou ou ando a pé mais do que o normal ou se pegar em pesos. Estou a tomar um comprimido de manhã e outro a noite de saloziperina e indocid. Mas pelo que percebi, o reumatologista vai me aumentar a dose. Causa-me um bocado de receio pois quando comecei tive imensos efeitos secundários e tenho medo que voltem com o ajustamento da dose. Vamos ver. Com esta medicação posso continuar a tentar engravidar e voltar aos tratamentos de fertilidade. Estou a tentar restabelecer-me destes problemas de saúde todos, como tal, antes de setembro não devemos iniciar mais nenhum tratamento. A clínica também está fechada durante o mês de agosto. Queremos ver se este ano ainda conseguimos fazer algum tratamento.  Mas para isso é preciso que esteja bem física e emocionalmente.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

De regresso...

Tenho estado afastada do blog e também dos fóruns. Tive uma semana de ferias e regressei esta semana ao trabalho. Claro que não esqueci todos os problemas que tenho mas pelo menos deu para descansar o corpo e a mente. Fiz uma ressonância na semana passada a anca e agora estou a espera dos resultados. É um exame que me custa muito devido ao tempo que demora e desta vez tive de levar contraste injectavel. Aproveitei as férias para descansar o máximo por causa da anca. Deixei as canadianas. Se andar ou estiver a pé muito tempo ganho algumas dores sendo mais intensas a noite. Ainda não sei o resultado do estudo do cariótipo. Vou passar logo pelo centro de saúde e ver se já estão lá os resultados. Já me conformei que vamos ter de esperar até conseguirmos engravidar. Mas ao mesmo tempo tenho aquela esperança que não demore tanto, que aconteça, sei lá... Quando dou conta já estou mais um bocado iludida. Este mês desconfio que ovulei cedo de mais (se ovulei) porque tive aqueles sintomas todos logo nas primeiras semanas do ciclo. Fico na expetativa da vinda ou não do red. Tenho receio de não ter ovulado e ficar durante bastante tempo a espera que venha... Por outro lado, fico sempre triste quando vem mas já estou naquela fase de que mais vale vir do que não vir indefinidamente....

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Andar de canadianas

Sábado faz 3 semanas que tive a crise e também 3 semanas que ando com muletas... Na sexta passada sentia-me melhor. As dores eram poucas e como tal resolvi deixar as muletas. Andei sem muletas o fim de semana e na segunda. Conclusão uma nova crise (desta vez do lado esquerdo da anca) que felizmente consegui controlar sem ir ao hospital. Na segunda a noite mal me conseguia mexer na cama. Dormir tem sido a pior de todas as tarefas pois não me consigo virar por causa das dores devido a posição de estar deitada. Voltei as muletas desde terça e sem data para as largar. Na terça tive consulta com o meu reumatologista. Ele disse que a doença avançou rapidamente e que a medicação só a base de anti-inflamatórios já não chega daí não conseguir recuperar da crise. O raio x que fiz não é nada famoso e ele pediu para que fizesse uma ressonância de emergência para ver o estado da anca e das sacro-ilíacas. Saí de lá com mais dores do que entrei pois ele teve de me examinar acabando por me magoar. Não posso deixar as muletas, andar muito tempo a pé, pegar em pesos, entre outras coisas. Ou seja estou proibida de fazer tudo aquilo que que provoque carga na anca. Ele queria que estivesse em casa em descanso mas esta semana não posso porque não tenho quem me substitua no trabalho. Para a semana tenho férias. Expliquei.lhe que estava muito tempo sentada e ele disse que não havia problema mas que estar em casa ajudava pois podia estar deitada, sentada e andar um pouco a pé. Conduzir não me causa dores, só mesmo entrar e sair do carro. Ele diz que se conseguir conduzir sem dores não há problema em fazê-lo. A medicação também foi mudada: passei a tomar 1 comprimido salozipirina e de indocid retard de manhã e a noite. Ao fim de 15 dias volto a fazer análises e a dose de salozipirina vai ser aumentada. Ele diz que esta é a medicação mais forte que eu posso fazer e que não me impede de engravidar ou estar grávida. Se não resultar terei mesmo de passar para outra medicação e aí sim deixar de lado o sonho de engravidar nos próximos tempos. Espero que esta medicação surta efeito para não ter mais um problema em que pensar. Até porque os efeitos secundarias estão a ser horríveis: enjoos, falta de apetite, insónias... Por isso nem quero imaginar com outra medicação.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Consulta na Maternidade Julio Dinis

Já há muito tempo que não venho cá. Tenho estado um pouco afastada de tudo. No dia 17 de junho tive a primeira consulta na maternidade. Não saímos de rastos porque já andamos de rastos mas saímos um pouco mais desmotivados. A médica que nos atendeu foi muito simpática. Levamos todos os exames que tínhamos feito no privado o que fez com que ela nos traçasse logo um diagnóstico. Fez-me o papanicolau assim como uma eco endovaginal. Segundo ela estou mesmo em falência ovárica prematura. O o valor do FSH é muito alto em em mulheres com valores acima dos 15 não fazem ICSI nem FIV. Ela diz que se estivesse nos 15 ainda tentavam mas tenho 3 análises acima dos 20 o que mostra que estão a falhar. Nem adianta sequer levar a comissão pois sou logo rejeitada. Disse-lhe que esperava que pelo menos nos fizessem algum tratamento e não que nos dissessem que não havia hipóteses. Ela referiu que há uma hipótese, a única em que somos aceites: ICSI com doação de óvulos. Explicou-nos que ficávamos já em lista de espera e que dentro de 2 anos iríamos ser chamados. Ela diz que as listas são grandes porque a maternidade é o único banco público com doação de gametas e as dadoras não são assim tantas. Fez-nos um pequeno questionário e preencheu um documentos com as nossas características. Esta hipótese da doação de óvulos já nos tinha sido colocada pelo médico que nos acompanha no privado, contudo, queríamos que fosse a última hipótese. Agora com esta segunda opinião não nos resta dúvidas de que ao nível do público não temos hipótese com os meus óvulos e no privado também pode ser gastar dinheiro em vão. Estou a espera do resultado do estudo do cariótipo para perceber o porquê desta falência ovárica prematura. Depois de o ter vou a clínica e vamos tratar de tudo para fazer tratamento com doação de ovulos. Vai ser muito dinheiro. O processo é caríssimo mas dois anos de espera é muito tempo e como diz o meu marido "de qua vale termos o dinheiro e juntarmos mais se depois não temos a quem deixa-lo"...

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Recuperação lenta

Olá

Ontem, quarta-feira, acordei melhor. Tomei a medicação normalmente e fui trabalhar. Hoje senti um pouco mais de dores. Não conduzo para não fazer esforços com as pernas e ando com o apoio das muletas. Só as vou deixar quando estiver mesmo sem dores. São uma ajuda pois não faço tanta pressão em cima da anca o que ajuda a não piorar. Espero que até ao fim de semana consiga mesmo melhorar e deixar as muletas pois cansa. Ando um bocado sonolenta pois os comprimidos acabam por dar algum sono. NO trabalho estou sentada o dia todo e apenas me ponho a pé quando é estritamente necessário. O medico recomendou repouso absoluto e nada de esforços. Contudo não podia ficar em casa até que as dores desaparecessem totalmente pois estava a dar em maluca. Logo irei fazer o raio X a bacia. Espero que não acuse nada de especial mas tenho receio. Quando fiz a ecografia a técnica chamou atenção para a cartilagem do lado direito da anca. Assusta-me um bocado pois pode estar rompida e a solução pode passar por uma prótese. Vamos pensar que não vai ser nada disso e que esta foi uma crise que não se vai repetir tão cedo.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Crise de espondilite

Bem, estive afastada estes dias todos porque infelizmente tive uma grande e grave crise na anca devido a espondilite. No sábado comecei a sentir dores logo de manha mas nada que não se suportasse. Fui trabalhar. A tarde as dores intensificaram-se mas mesmo assim resolvi que não estaria só deitada e andei a pé para tentar não focar encravada. A noite, quando fui para a cama, já tinha dores bastantes fortes e uma hora depois não me conseguia mexer. Nem sequer os dedos dos pés. Estava completamente imóvel e sem saber o que fazer pois estava sozinha em casa. Consegui ligar para a minha irmã que me veio tentar tirar da cama mas sem sucesso. Não conseguia mexer. Só com ajuda do meu pai e da minha outra irmã é que me conseguiram tirar da cama. Queriam chamar a ambulância pois estavam a ver que não conseguiriam mesmo me mexer mas não quis. Fui para o hospital mais perto pois sabia que aquilo que me iria fazer era dar medicação intravenosa. Começaram por me dar corticoides e tramadol ao nível intravenoso. Ao fim de algum tempo estava melhor mas mesmo assim não me conseguia mexer. eram por fim uma injeção potente para ver se melhorava mais um bocado. Melhorei e vim embora para casa. Fiquei sem dores e completamente relaxada contudo não conseguia dormir. Foi uma sensação estranha. Era como se estivesse nas nuvens, de olhos fechados, mas sem conseguir dormir. De manhã acordei melhor mas ainda com algumas dores que ao longo do dia se intensificaram. Tomei lepicortinolo, adalgur, airtal e tramadol a noite que ajudaram a passar a noite. No dia seguinte acordei e tinha de ir fazer as análises. Consegui levantar-me bem, contudo, ao fim de algum tempo comecei a ficar com dores mesmo com o apoio das muletas. Liguei ao reumatologista que me disse para ir ter com ele ao hospital. Foi espetacular. Estava em serviço oficial numa unidade de saúde regional a qual não pertenço mas mesmo assim pediu que lá fosse, examinou-me e fez uma ecografia. Não tenho artrite na anca contudo a cartilagem do lado esquerdo parece ter algum problema. Mandou-me fazer um raio x a bacia para ver se consegue ver bem como as coisas estão. Recomendou que tomasse 2 comprimidos de lepicortionolo de manha, 2 zaldiar de manha, ao meio dia e a noite e um airtal de manha e a noite. Esta noite dormi com algumas dores e acordei novamente limitada. Contudo sinto-me melhor após a toma da medicação. Queria ir trabalhar amanhã mas tenho algum receio. Logo a minha chefe vai me ligar para ver como estou. De um momento para o outro a minha vida voltou a dar uma volta de 180º. Esta medicação não me vai fazer bem ao organismo por causa da fertilidade mas neste momento não posso fazer nada. As dores eram insuportáveis e já não tinha uma crise destas há um ano e tal. Acho que esta crise está a ser a mais forte e mais difícil de recuperar. Espero que ate ao fim de dia melhore substancialmente e possa ir trabalhar.