quarta-feira, 28 de maio de 2014

Cancelamento, desilusão e recuperação

Já não vinha aqui há algum tempo. Tive de digerir todas as emoções e sentimentos que emergiram do cancelamento do tratamento (sim, mais um tratamento cancelado) no sábado. Ia com confiança que desta vez iria correr melhor do que da última. Porém também ia ansiosa para ver o que ia sair da primeira ecografia. A médica disse-me logo que para ter calma pois o que teria de ser seria. Começou a fazer a ecografia e fez logo uma careta. Estava lá um ovulo do ciclo passado no ovário direito. Perguntei-lhe logo se isso era mau tendo ela dito que não era o ideal mas que iríamos ver. O endométrio estava nos 31mm ou seja numa espessura "normal" para esta fase do ciclo. Contudo, no ovário esquerdo não tinha nenhum folículo. No ciclo passado tinha apenas um foliculo no ovário esquerdo e por ser apenas um e de má qualidade não avançamos. Contudo, pelos vistos depois daquela ecografia no 4º dia do ciclo surgiu um outro ovulo mas no ovário direito. Ovulei do ovário esquerdo mas este foi crescendo estando agora já grande. A doutora disse logo que teria de cancelar este tratamento pois não podia continuar tendo este folículo tão grande. Disse que este iria impedir que se desenvolvessem outros folículos e mesmo que se desenvolvessem quando chegasse a altura este estaria "fora de prazo". Disse também que não podia desencadear a ovulação pois não tinha o endométrio desenvolvido o suficiente. Desta vez consegui fazer mais perguntas apesar de ter chorado de forma compulsiva no momento. Perguntei-lhe qual seria a solução pois sendo assim poderia ovular com o ovulo que tinha mas era provável que outros folículos aparecessem. Fiz mais medicação que da outra vez. Ela disse que sim, que era provável que os ovários ficassem descontrolados sendo necessários os acertar. A solução poderia passar por tomar a pílula e depois recomeçar do zero. Contudo, ela só as faz as ecografias. O meu médico só chega de viagem esta semana e será ele em conjunto com ela e comigo que vai estudar a situação e ver qual será a melhor forma. Marquei consulta e ecografia para o dia 02 de junho. Ela diz que teremos sempre de fazer um grande controlo ecográfico para tentar controlar estas situações todas. farei tudo o que for preciso para que da próxima vez o sucesso seja maior. O desgaste emocional é bastante grande. Nem sei o que é pior. Cancelar o tratamento ou ver um negativo no fim. Fico com a sensação que nunca conseguimos chegar a meio nem ao fim. Que se calhar nunca vou conseguir engravidar com os meus óvulos. Não sei se eles se desenvolveriam bem, quantos poderiam ser retirados, quantos fecundados. Nada sei. E depois penso duas desilusões e as que podem vir ainda. Como o meu marido diz: "milagres não acontecem connosco..." Chorei o caminho todo até casa...Mas depois prometi que não iria continuar a chorar até porque tinha um jantar de família e não poderia estar de olhos vermelhos. Tive que contar quando as pessoas que sabem me perguntaram. No domingo desabei totalmente de manhã. Estou cansada de esperar... O meu marido apoia-me imenso e é o meu suporte. Se não fosse ele não sei o que seria de mim. Hoje já me sinto mais conformada. Triste por vezes. Mas temos de acreditar. Não vou desistir dos meus ovulos.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

4º dia

Ontem foi o 4º dia de injeções. O tempo está a passar rápido. Tenho andado relativamente calma e sem pensar muito nestas coisas. Contudo, hoje acordei um pouco mais agitada. Não sei se será por causa de sábado ou se por ter de falar com a minha chefe porque sábado não posso trabalhar a manhã toda. Quero muito manter-me calma. As pessoas que sabem do tratamento estão sempre a dar palavras de apoio e motivação dizendo que acreditam que dê certo. Quero acreditar tanto nisso... Mas tenho tanto medo...Se sábado tiver folículos já fico contente. Contudo tenho receio é do resultado final. Aquele resultado que todas as mulheres anseiam. Olho para todo o investimento emocional e financeiro que estamos a fazer e tenho medo da decepção que possa surgir. Mas sinto aquela esperança, aquele feeling que pode correr certo. Tenho muita fé...

terça-feira, 20 de maio de 2014

2º dia do tratamento

Ontem comecei com o gonal 300. pensei que levar duas injeções não seria fácil mas até está a correr bem. A minha irmã tem bastante jeito. Para já ainda não tenho pisaduras. Sinto-me um pouco a inchar mas também acho que é psicológico. Tenho bebido bastante água, comido sopa de espargos, uma gelatina por dia, algumas physalis, um ovo e também abacaxi. Muitas destas coisas são após a transferência. Como não fazem mal já estou a comer agora para me habituar e criar a rotina. Depois intensifico depois da transferência.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Novo tratamento em curso

Ontem iniciei as injeções para o novo tratamento. Veio a menstruação logo de manhã e a noite comecei logo com uma injeção de decapeptyl. Custou-me um bocado pois desta vez não foi o meu marido mas a minha irmã que me deu a injeção. Havia um stress maior pois tinha receio de não conseguir aguentar. O decapaptyl é aplicado de forma diferente do gonal. Enquanto que o gonal é com uma caneta, o decapeptyl é com seringa e somos nós que preparamos a dose. São dois frascos, um com pó e outro com liquido. Pegamos numa seringa intramuscular para aspirar o liquido e colocar dentro do frasquinho do pó. Mexemos bem e voltamos a aspirar tudo para a seringa. Depois temos de trocar a agulha por uma subcutânea (tipo diabetes). Custou um bocado a colocação da agulha na pele, contudo, o que custou mais foi a entrada do liquido pois sente-se um ardor. Fiquei um bocado tonta mas nada de mais. Quando o médico receitou decapeptyl estava tão transtornada que não lhe perguntei para o que era ao certo. Contudo, já li a bula e percebi que ajuda no crescimento folicular e na qualidade. Como tenho poucos folículos e como provavelmente resultarão poucos é bom que estes cresçam e se tornem bons. Hoje tambem fui acupuntura e falei com o médico. Acabo este tratamento na quarta e na próxima semana inicio outro mesmo especifico para a gravidez apesar dele dizer que este que fiz acaba por ser suficiente em alguns casos. Perguntei-lhe se fazia mal estar a fazer enquanto estou com o tratamento da ICSI tendo ele referido logo que não e que pode ajudar bastante. Vou fazer. Se resultar ótimo caso contrário não fico a pensar que poderia ter feito mais e não fiz.
Estou um pouco ansiosa por causa de entrar nesta nova fase, neste novo tratamento. Já me abri mais um bocado quer com a família quer com algumas amigas. Não queria que muita gente soubesse, contudo, não posso andar a esconder-me nem a evitar a vida social sem explicar o porquê. São pessoas próximas e com as quais me sinto a vontade. Ou ficava em casa ou então explicava que podia ir mas que precisava que alguém me desse duas injeções (uma delas disponibilizou-se logo). E ao pedir isto teria de explicar o porquê. Optei por contar apesar de saber que vou ser bombardeada com perguntas. Já sei que isso vai fazer com que tenha mais pessoas a perguntar pelo resultado final e a saber deste processo. Não é segredo que ando a tentar engravidar e todas elas sabem que ando nisto desde 2012 e como nunca mais engravidei também devem ter percebido que não está a ser fácil. Sempre que estamos juntas falamos de ter filhos e sempre a mesma pergunta vem ao de cima (quando?). Assim, vão saber os passos. Não lhes vou dizer datas porque assim também não perguntam nem pressionam.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Tratamento e trabalho

Duas coisas que me preocupam... O tratamento porque é algo importante para a minha vida. O trabalho porque preciso do ordenado ao fim do mês apesar deste não ser de perto nem de longe o emprego que sonhei alguma vez ter. Mas garante-me um bom salário todos os meses e enquanto não tiver perspectivas de emprego na minha área de formação pelo menos tenho trabalho. Uma pessoa dita normal (como diz o meu marido) não estaria preocupada se tinha de meter baixa ou sequer a pensar muito no assunto. Mas eu não sou assim. Faltar ao trabalho é algo que me preocupa pois não quero que o patrão pense que sou uma desleixada, que sou como aos outros e que por tudo ou por nada falto. Mas também sei que ele não vai valorizar toda esta minha preocupação em não prejudicar a empresa. No meu local de trabalho sou apenas eu pelo que a minha ausência pressupõe que o colega que faz as substituições venha para aqui colocando-se em risco as ferias dos outros colegas. Desde que comecei aqui a trabalhar ainda não tive uma única semana de ferias pois abdiquei da que tinha por achar que era mau ter essa semana e depois pedir novamente férias como vai acontecer por causa do tratamento. Não sabia como falar com a gerência sobre o assunto sem ter de dar a conhecer toda esta situação e ao mesmo tempo não colocar em causa o meu posto de trabalho. Já sabemos como funcionam as empresas: mulheres grávidas ou com filhos nem sempre têm muita sorte pois são vistas como sendo empecilhos ora porque têm de fazer exames ora ir ao medico ora ficar de licença e maternidade ora porque têm horário reduzido no primeiro ano. Por um lado queria ser sincera e dizer aquilo que se passava mas por outro lado também sabia que corria o risco de não ter o meu contrato renovado. Optei por dizer que tinha de fazer um tratamento mas não disse ao certo para quê apesar das perguntas dos colegas de trabalho. Referi apenas a situação da minha doença e de como esta prejudica a minha saúde e alguns dos meus orgãos sendo por causa disso que vou fazer o tratamento. Não disse nenhuma mentira pois parte do meu problema deve-se, também, a esta minha questão de saúde. O facto de ter uma doença ativa e em progresso e não fazer a medicação adequada porque seria acabar com as poucas hipóteses que me restam.  Se sem imunosupressores tenho os ovários como tenho nem quero imaginar com o consumo destes. Entretanto com o cancelamento do tratamento ficou tudo adiado e claro que tenho as pessoas sempre apreensivas a perguntar quando vou fazer o tratamento pois não sabem se vão ou não ter as férias que têm marcadas. Sinto-me mal com isso mas também sei que mais do que isto não posso fazer. Se fosse uma outra pessoa não tinha dito nada e na altura colocava baixa medica e ficava em casa. Depois teria que gozar na mesmas as minhas férias. Prefiro ficar prejudicada do que prejudicar.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Alimentação

Hoje estou menos stressada do que ontem. Tive uma boa noite de sono e logo pela manhã uma sessão de acupuntura. Hoje as agulhas magoaram um bocadinho mas acho que é o meu psicológico a funcionar.  Ontem também já comecei a introduzir alguns alimentos na minha alimentação que segundo alguns testemunhos e estudos podem ajudar no tratamento. O meu jantar foi salmão no forno com espargos salteados e um ovo cozido. Pensei que os espargos teriam um sabor pior mas até são agradáveis. No fim de semana já vou fazer uma sopa com eles. Comi também uma gelatina e uma physalis. Dizem que os espargos ajudam na implantação do embrião assim como as physalis. Não custa tentar. Fiz também um chá de folha de abacaxi que vou beber durante o dia de hoje. Li que o abacaxi ajuda, também, na qualidade ovariana. Assim sendo, estes são os alimentos que vou usar a partir da agora de uma forma sistemática e intensificar quando iniciar mesmo o tratamento:

- ovos
- abacaxi e chá de abacaxi
- gelatinhas
- physalis
- feijão
- peixes ricos em omega 3
- legumes verdes (couve, bróculos, espinafres)
- espargos
- aguas isotónicas (powerade)

Mal não faz e se ajudar melhor pois toda a ajuda é bem vinda... Logo coloco aqui umas fotos das minhas comprinhas e do meu jantar...

terça-feira, 13 de maio de 2014

Ansiedade que está a dar cabo de mim

Quando o meu marido não está costumo a dormir mal a primeira noite que estou sozinha. De domingo para segunda dormi tão mal mas tão mal que ontem a noite pensei que iria dormir melhor. Mas não. Estava ansiosa e enervada. Um aperto no coração que costumo ter quando estou em estado de ansiedade. Não consegui dormir a noite toda e para piorar o aperto no coração não desaparecia. Ainda tenho esse aperto. Sinto-me cansada pois dormi muito mal. A minha temperatura continua nos 37º. Já são dois dias seguidos no mesmo valor. Fico na dúvida de quando terei ovulado: na terça passada, no sábado? Não sei e isso deixa-me ainda pior pois não sei quando vem a menstruação. E depois ainda tenho aquele pequena esperança de que posso ter uma surpresa agradável pois tinha um ovulo. Um ovulo de má qualidade mas que estava lá. Não quero nem me posso agarrar a isso pois já percebi que excepções boas não existem no nosso caso. Engravidar naturalmente é uma tarefa quase impossível para nós... Na semana anterior não estive tão enervada nem ansiosa e pensei que isso se devesse acupuntura. Mas ontem e hoje estou numa pilha como não estou há muito tempo. Amanhã tenho outra sessão de acupuntura e espero que me ajude. Não posso estar neste estado muito tempo pois não faz nada bem ao nosso organismo.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Temperaturas, ovulação e menstruação

Ando com a cabeça as voltas por causa das temperaturas basais. Já alguns meses que as tiro. Ou seja consiste em medir a temperatura via vaginal todos os dias à mesma hora. Está comprovado que após a ovulação (1/2 dias depois) estas sobem. No meu caso as temperaturas andam oscilantes há uma semana. Junto com outros sintomas podemos ter uma ideia do dia em que ovulamos. No meu caso já nem é tanto para ver quando posso fazer um teste de gravidez pois já sei que é difícil engravidar naturalmente. É mais para poder ter ideia de quando posso iniciar o meu tratamento.  O que acontece é que com a chegada da menstruação as temperaturas corporais descem. Quando voltam a subir e em conjuntos com o aspeto do muco cervical (se este for clara de ovo) e outros sintomas (como a tensão mamaria, por exemplo) podemos saber se ovulamos ou não. Claro que estes sintomas podem variar de mulher para mulher e requer a nossa atenção todos os ciclos menstruais para podermos ver se existe um padrão. No meu caso  antes da ovulação o meu muco/corrimento torna-se gelatinoso tipo uma clara de ovo e após a ovulação (1/2 dias depois) a minha temperatura sobe 0.3/0.4º e começo a sentir tensão mamária. Por vezes sinto também umas pontadas no fundo da barriga ou num dos ovários.Se a temperatura se mantiver alta ou subir três dias consecutivos podemos ter uma ideia mais ou menos objetiva do dia da ovulação. Contudo a minha temperatura subiu mas depois desceu e voltou a subir o que me faz ter dificuldade em saber quando ovulei. Hoje registei 37º de temperatura e desde sábado que ando com imensa tensão mamária. Contudo, pelo gráfico deveria ter ovulado na terça passada.  Não sei o que pensar. Sei que depois da ovulação a menstruação aparece-me 10 dias depois sendo esta fase chamada de fase lutea. Estava a fazer contas que a menstruação viesse na sexta feira, dia 16 de maio, para assim começar com as injeções de decapeptyl e depois gonal. Já comecei com o medrol na quinta mas só um comprimido ao almoço. Não sei ao certo para serve pois quando o medico receitou estava tão em baixo que nem perguntei. Se os mandou tomar é porque bem devem fazer no nosso caso...

sábado, 10 de maio de 2014

"De mãe para mãe" e Petição

Quando entrei neste mundo da gravidez e da fertilidade houve um site que me ajudou e ainda me ajuda muito: De mãe para mãe... Aqui podemos conhecer pessoas que vivem situações semelhantes as nossas, partilhar algumas dúvidas mas acima de tudo apoiarmo-nos umas nas outras. As tristezas e alegrias são compartilhadas e algumas delas trazem-nos esperanças e alento. Muitas pessoas conhecidas não conhecem aquilo que se passa connosco ora porque temos vergonha ora porque não queremos que tenham pena de nós. Mas aqui não acontece isso. Não nos conhecemos mas compreendemos aquilo que se passa umas com as outras sem haver julgamentos, perguntas desnecessárias, sentimentos de pena, entre muitas outras coisas. Faço parte deste forum activamente desde 2012 e posso dizer que já conheci pessoas que hoje considero minhas amigas. Inclusive tenho um grupo no facebook com mais três pessoas onde todos os dias falamos umas com as outras sobre a nossa doença (espondilite) e sobre as nossas vidas. É como se nos conhecêssemos há anos. Foi também neste site que uma das meninas criou uma petição que requeria 4000 assinaturas: Apoiar a (in)fertilidade em Portugal. Isto porque os apoios são muito poucos, os tempos de espera enormes, entre muitos outros aspetos. Se acederem a petição vão poder conhecer melhor aquilo que se pretende. Como uma forma de dar visibilidade ao problema, a SIC através do programa Boa tarde dedicou uma parte a este tema onde foram apresentados dois casos sendo um de sucesso. O problema dos casal que lá foi em muitos aspetos se assemelha ao nosso problema: óvulos de má qualidade e poucos espermatozóides normais. Conseguiram o seu filhote ao fim de 7 anos de muita luta. Isso dá-me esperança pois se eles conseguiram nós também vamos conseguir. Por outro lado fico preocupada porque sete anos de espera é muito tempo para quem anseia ter um filho. Aconselho que passem pelo site da SIC e vejam esta parte do programa. 

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Agulhas e agulhas

Bem, hoje tive a primeira sessão de acupuntura. Foi um pouco pior do que imaginava. Sabia que as agulhas eram fininhas e por tudo aquilo que li pensei que nem se sentissem. No entanto, sentem-se as espetadelas principalmente na zona dos tornozelos. Mas fui forte e aguentei e depois não custou nada. Foi colocada uma agulha entre os olhos, 3 na barriga e 3 em cada perna perto dos tornozelos. Tive lá cerca de 35 minutos com elas espetadas. Depois de espetadas mal se sentem. Senti foi um sono pois às 8h da manhã não é fácil. No fim foram retiradas e o locais onde estavam colocados foram desinfectados. Agora sinto umas ligeiras picadelas mas pelo que li é normal. A próxima sessão é na sexta e vamos ver se corre bem como esta pois só o facto de não desmaiar já foi uma vitória. O acupuntor referiu que na próxima sessão vai ligar as agulhas a uma máquina. Nunca tinha ouvido falar. Tenho de confiar nele até porque tenho óptimas recomendações já para não falar nos certificados que ele tem para lá pendurados, os anos de experiência e sucessos. Vamos ver se me começo a sentir melhor com as agulhas e se o equilíbrio se restabelece nos meus orgãos. Se não me ajudar a engravidar pelo menos que me traga bem-estar físico e psicológico pois bem preciso!!!

terça-feira, 6 de maio de 2014

Acupuntura: 1ª consulta

Ontem tive a primeira consulta de acupuntura. Não comecei o tratamento propriamente dito pois o acupuntor (que também é osteopata/fisioterapeuta - muito conceituado aqui na zona) fez um exame com uma máquina que segundo ele vê o equilíbrio dos orgãos. Ele explicou-me que cada ponto do nosso corpo corresponde a um orgão e que a partir da análise deles podemos ver o equilibro de cada orgão. O exame mostrou que tenho os valores relativos ao baço, fígado e rins abaixo do equilíbrio sendo que alguns orgãos estão também a perder pois segundo ele está tudo interligado e quando um orgão perde equilíbrio os outros também ficam em risco. Também me explicou a teoria dos cinco elementos - metal, madeira, terra, agua e fogo e como estes estão associados a determinados orgãos. A falta de equilíbrio traz alguns problemas no organismo. Como achei toda esta explicação interessante resolvi pesquisar mais e encontrei um site brasileiro que explica muito bem isto tudo. O acupuntor explicou-me que os problemas que tenho coincidem com a falta de equilíbrio dos orgãos que já referi e que por isso é preciso restabelecer o equilíbrio. A fertilidade está relacionada com esses orgãos e segundo ele muitas das pacientes que teve conseguiram engravidar após este tratamento para restabelecer o equilíbrio não sendo necessário fazer um tratamento específico para a fertilidade que, de qualquer forma, só pode ser realizado após este. Como estou por tudo, estou tentada a realiza-lo quando terminar este. Este tratamento consiste em 6 sessões de acupuntura e no fim uma avaliação. Esta semana tenho duas sessões marcadas, uma delas amanhã. Trouxe umas gotas que tenho de tomar três vezes ao dia antes das refeições. São horríveis. Só o cheiro já dá vómitos. E o sabor então... Já para não falar no preço. Estou com muita fé na acupuntura e na ajuda que me pode dar. Como já disse era a minha última hipótese por causa do pavor das agulhas mas estou disposta a tudo para superar o medo e conseguir engravidar.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Dores: sinais da espondilite

Este fim de semana não foi agradável fisicamente. Tive imensas dores na zona da anca. A descoberta da minha doença começou pela anca. Em 2011 fiz uma caminhada de duas horas. No dia seguinte mal me podia mexer. Doía-me tudo. Contudo, pensei que se devia ao esforço que fiz pois não estava habituada a caminhadas longas. Passou um dia, uma semana, duas semanas e as dores continuavam mas na anca. Tinha dificuldades em me levantar, sentar e caminhar. Fui ao medico que me mandou fazer logo um raio x e uma ecografia que nada acusaram. Fiz uns comprimidos que aliviaram mas não chegou. Fui a medica de família que achou muito estranha essa dor. Mandou fazer um tac a coluna e levar duas injeções durante 7 dias. Ao fim dos 7 dias ainda tinha dores e fui novamente a medica de família que me encaminhou para um ortopedista que apenas referiu que tinha poucos reflexos do lado esquerdo. Tomei uma injeção e ao fim de 15 dias a dores voltaram. A medica de família aconselhou-me a ir a um reumatologista. Mandou-me fazer uma ressonância magnética e analises especificas. Uma delas foi ao HLB27. Ao fim de 15 dias tinhas os resultados: proteina c reativa bastante alta e o HLB27 positivo. O medico disse-me logo que por todas as dores que tinha, pelo exame físico realizado, pelos exames e análises estávamos perante um quadro de espondilite anquilosante. Para toda a vida mas controlável. Comecei logo a tomar anti-inflamatórios e a fazer piscina que me ajudou e muito na mobilidade. Hoje já não faço porque não tenho tempo e também não tenho disposição. No início era divertido porque não sabia nadar. Mas agora que sei tornou-se uma obrigação e lembra-me sempre que terei esta doença. Faço mal, sei que sim mas para já tenho tantas preocupações na minha cabeça. Desde que descobri a doença já tive dores nos joelhos (um deles está atrofiado), nos ombros e na coluna. Agora voltaram as dores na anca que segundo o reumatologista são preocupantes pois a anca é uma grande articulação e o desgaste da mesma pode levar a uma prótese. Felizmente o meu trabalho não exige andar com pesos nem a pé durante o dia. Contudo, estar sentada também não facilita pois tenho dores da posição. Tenho controlado as dores com airtal e ibuprofeno pois não quero tomar os imunosupressores que em tudo atrasam os planos de engravidar. Hoje fui a primeira consulta de acupuntura. Vou fazer essencialmente por causa do tratamento de fertilidade mas também para tentar ver como me pode ajudar na doença. O acupuntor também é osteopata e diz que através da osteopatia podemos conseguir bons resultados. Quarta regresso lá e logo verei o que ele diz.